AIESEC
Aiesec: voluntariado para desenvolver a liderança
Há 8 anos em Santa Cruz, organização tem como propósito enviar e receber intercambistas através de trabalhos que envolvem cargos de gestão
Repórter: Natany Borges
Presente em 124 países, a Aiesec é uma organização sem fins lucrativos que busca o fomento de liderança entre jovens e trabalha com a realização de intercâmbios em escolas, empresas e Organizações não governamentais (ONGs). Em Santa Cruz do Sul, RS, a entidade possui seu escritório local com cerca de 40 membros, cujo trabalho voluntário atua nas mais diversas áreas.
Conforme a presidente da organização em 2013, Jéssica Thomé, a entidade está, hoje, dividida nas esferas de intercâmbio para estudantes, finanças, marketing, gestão de talentos e recepção de intercambistas. Para isto, os voluntários atuam sob a gestão de um vice-presidente que lidera o chamado “time”. Ainda, segundo a também acadêmica de química industrial, o requisito para ingressar na organização é simples. “Sempre comentamos que se a pessoa tem vontade, tenta fazer a diferença e, acima de tudo, busca constantemente novos desafios, ela está apta para fazer parte da Aiesec”, enaltece.
Na organização há três anos, Jéssica comenta que um dos medos daqueles que têm apreço por trabalho voluntário é a falta de tempo. “O membro precisa dedicar ao menos uma hora diária para a leitura de e-mails e realização de tarefas semanais”. No entanto, após maior envolvimento com a causa, é de praxe que os estudantes busquem se envolver novos cargos de liderança, que vão desde a coordenação de um projeto, até a gerência de um time ou a própria presidência. “A partir do momento em que a membresia busca estar em contato com essas funções, o tempo dedicado, automaticamente, se torna maior. Mas tudo vai depender do perfil do estudante e das suas intenções dentro da instituição”, reforça.
Outra oportunidade que a Aiesec possibilita para a comunidade local é a de receber e hospedar intercambistas em suas casas. Ao serem acolhidos por uma família brasileira, os estrangeiros aprendem mais sobre os costumes, cultura e idioma do país e da região. Além disso, o aprendizado também se volta para a família, que aperfeiçoa o idioma e experimenta a convivência com outros estilos de vida.
Habilidades desenvolvidas
O trabalho dentro da Aiesec passa por intensas quebras de rotinas que transcendem as habilidades profissionais conquistadas e alcançam o próprio desenvolvimento pessoal. Aliado à participação em conferências nacionais – que reúnem escritórios do país inteiro – , os membros são desafiados a organizar reuniões com empresários, a planejar estratégias para alavancar os resultados da entidade, além de superar limites como manter relação com intercambistas dos mais diversos países do mundo.
Para Jéssica, a experiência de ser líder por um ano mudou completamente a sua visão de vida. “Entrei na Aiesec no mesmo ano em que ingressei na universidade, então, foi um momento de muita descoberta. Conheci diversas culturas e pessoas completamente diferentes de mim, desenvolvi meu inglês, aprendi a motivar pessoas e superei os meus limites”, relata nostálgica ao lembrar de sua trajetória dentro da organização.
Formas de seleção
Diferente dos anos anteriores, em que a rede dedicava um dia inteiro para realizar o processo seletivo de membros, agora, quem tiver interesse, basta entrar em contato pelo Facebook. Outra opção é se deslocar ao próprio escritório da organização, localizado ao lado da biblioteca da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), entre o período das 18 às 19 horas. Caso algum time necessite de voluntários, os membros irão analisar o perfil e alocar o acadêmico para a vaga que o mesmo se encaixar. Já caso o candidato a voluntário ainda tenha alguma dúvida, os “aiesecers” também estarão disponíveis para esclarecer questões referentes ao trabalho voluntário.
E os personagens desta plataforma internacional chamada Aiesec não param por aí. Estudantes que realizaram um intercâmbio também têm muita história para contar. Na próxima semana, o blog Voluntariando conta a como foi a experiência da acadêmica de administração, Anapaula Kist, que viajou para o Leste europeu no início deste ano.
