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Abrigo de Animais São Francisco

Fábio Felício, repórter do blog Voluntariando, conta como o trabalho do Abrigo de Animais São Francisco impactou a sua vida

 

Repórter: Fábio Felício

fabiofelicio@hotmail.com

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estão vendo a foto acima? Esse sou eu, minha mulher e a Pérola. Adotamos ela em dezembro e olha o quanto que ela já cresceu. Está linda, linda e sapeca. Por trás de ações como essa que tive o privilégio de participar e sair premiado, estão pessoas engajadas a ajudar cães e gatos abandonados a encontrar um lar, ou melhor, uma família. O Abrigo de Animais São Francisco (Asfa) é uma das instituições que tomam isso como lema.

 

Retirado da cidade de Santa Cruz do Sul, nos altos de Linha João Alves, entre ruas estreitas de chão batido e esburacadas, está localizado o abrigo. O caminho não é fácil e isso só comprova o amor pela causa de quem é voluntário.

 

Chegando ao local, antes mesmo de bater palmas, sou anunciado pela matilha que espera por um lar. Em meio a latidos, uivos e grunhidos, escuto uma voz humana. É Fátima Garcia, que já está há mais de 18 anos em frente à causa. Fátima me convida para conversarmos na rua mesmo, pois já passa das 11 horas da manhã e a hora do almoço dos 250 cães e 45 gatos está próxima, o que explica o agito no abrigo.

 

Fátima, primeiramente, pede desculpas por me receber em "trapinhos" - quando cheguei, ela estava limpando os cercados, vestida de modo simples - e conta que não foi fácil iniciar os trabalhos. Para se dedicar mais aos animais, teve que largar seu emprego fixo. “Trabalhei desde cedo com minha mãe. Construí minha vida fazendo faxinas. Agora, tive que dar mais atenção àqueles que dão sentido à minha vida”.

 

Com apenas um funcionário para ajudar no abrigo, Fátima passa o dia todo entretida nas tarefas do Asfa, mas o grande desafio, conta, é garantir os custos para as despesas “Não é nada fácil alimentar esse batalhão. Até ganho bastante doações, mas, há sempre custos que não podemos prever como com medicamentos e utensílios de limpeza e higiene”.

   

Enquanto ela fala, uma placa fixada em frente ao abrigo chama atenção. Nela, há instruções para não deixar animais amarrados em frente ao abrigo. Pergunto à Fátima o porquê daquele recado e ela me fala que isso acontecia muito, e que esse é um dos motivos que justifica a localização do abrigo, distante da cidade. Ela relata, ainda, que os casos de abandono só acabaram com a instalação das câmeras. "Quem larga seu animal de estimação assim deveria ser proibido de ter qualquer outro tipo de animal em casa. Pois quem abandona uma vez, com certeza, vai repetir", lamenta.

 

    Às vésperas de mais uma feira de adoção, Fátima abre um largo sorriso e fala, com os olhos levemente marejados, que espera que todos os animais sejam adotados. "Legal seria se adotassem qualquer um e não dessem preferencia aos filhotes. As pessoas ainda pensam em cão de guarda, o animal que cuida do pátio. Hoje um animal de estimação é muito mais que um simples animal. É, na verdade, um membro da família".

 

Ainda sobre a feira, ela revela que são nesses eventos que mais precisa de voluntários, e aponta as dificuldades encontradas para a realização de algo que parece ser tão simples. "Preciso de voluntários na organização das feiras; no transporte dos animais; na divulgação; na arrecadação de doações". e ainda ressalta que o interessante não é ter voluntários dentro do abrigo e sim do portão para fora.

 

Fátima ainda relata que já tentou inserir voluntários no dia a dia do canil, mas a tarefa não é nada fácil, pois os cães e gatos demoram um bom tempo até se adaptar e aceitar uma nova presença no convívio deles. "Não quero estressar quem eu amo. Eles mudaram minha forma de pensar, aprendo muito com eles. Eles são minhas prioridades aqui. Minha missão é ajudá-los a encontrar alguém que os ame assim como eu... um amor incondicional.”

 

Me despeço de Fátima - pois já passou da hora de alimentar a moçada- com um forte e agradecido abraço e falo: “Obrigado por me apresentar à Pérola. Minha joia, literalmente!”

 

Ficou interessado em voluntariar-se?Então entre em contato pela Fanpage do ASFA

Ou pelo fone (51) 95121544!

Ajude mais pessoas a encontrar seus verdadeiros tesouros!

 

 

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